Por que eu amei o filme Malévola

É leitores, não é atrás do poder de Deus que as igrejas andam empenhando seu preciosissimo tempo...

Esta imbricação dada pela combinação Igreja + Estado não é nenhuma invenção atual. Atual é a quebra do monopólio da Igreja Católica Apostólica Romana, percussora de tal proeza. Esta união foi bem frequente na idade média e ao que tudo indica está sendo resgatada com todo furor pelas atuais igrejas evangélicas, principalmente as pentecostais.
Eles se deram conta que o controle exercido apenas sobre seus fiéis não é suficiente para influenciar em grandes decisões, então resolveram se apossar de meios que lhes permitam submeter indistintamente toda a população. E como eles pretendem fazer isso? Bem, listarei abaixo as etapas desse ambicioso projeto.
1) A compra de horários em tvs. Com a posse de um meio de comunicação de massa pretendem "evangelizar", ou melhor dizendo recrutar, mais fiéis ( na verdade financiadores, ou na linguagem usada pelos próprios : colaboradores) para aumentar a sua arrecadação e assim ter acesso a melhores e mais longos horários( logo mais caros)- isso quando não têm poder aquisitivo suficiente para comprar a emissora por inteira- na programação e ampliar seu poder de recrutamento o que significa a expansão do número de "colaboradores" que serão convertidos em eleitores como apontarei na sequência.

2) Com sua "caixinha" bem abastecida, e em processo de expansão, e seu horário na tv em horário de razoável audiência, eles iniciam a apresentação de futuros candidatos ( ainda não declarados) à cargos políticos. Com essa apresentação antecipada esperam que o candidato passe de um desconhecido a uma pessoa da confiança dos fiéis o que oferece a sensação de segurança e familiaridade, além da impressão de representação( sem falar que a ideia de estar envolvido com religiosidade se têm a falsa impressão de se tratar de uma pessoa honesta)de seus interesses, o que na verdade é o reflexo dos interesses dos poderosos religiosos que difundiram-los através dos seus meios de comunicação de massa, transmitidos em forma de juízo de valor, o que é bem eficaz, durante as suas pregações intencionalmente dirigidas para este fim: persuadir e convencer.

3) Então, enfim, são apresentados oficialmente e em posse desses votos, pelos motivos citados anteriomente, são eleitos. Empossados nos cargos legislativos defenderão os interesses de quem possibilitou a sua eleição. Com o poder de produzir leis, vetar umas, aprovar outras de acordo com suas conveniências, aumentam o seu poder diante da população abandonando as restrições que a fé lhes impunha, estendendo a sua vigilância. Agora seu controle não está assentado apenas sobre os fiéis, mas sobre toda uma cidade, estado, ou nação. Controle este permitido pelo poder de elaborar, recusar, boicotar, ou aprovar estas mesmas leis que devem ser observadas por todos indistintamente da religião ou fé que professam.

Se teme, e provavelmente irá ocorrer caso aconteça esta invasão religiosa na política, um retrocesso nas liberdades civis. As decisões irão tomar carater mais conservador.Tudo indica que isso irá causar um retrocesso em votações de alguns direitos civis mais polêmicos tais como descriminalização do aborto, da maconha, da união, tal como, dos processos de adoção por homossexuais, pesquisas com células tronco, entre outros, abertamente rejeitada por esses grupos. Com certeza a discussão política irá ficar mais hipócrita desobedecendo a tendência mundial.
O plano está indo "de vento em polpa", como pode ser constatado pelo atual escândalo envolvendo a TV Record, o que preocupa a população mais esclarecida. Mas a única forma de combater os braços desse polvo que insiste em abraçar as telecomunicações é apelar para as leis que impedem essa expansão religiosa nos canais e emissoras de rádio, antes que eles possam chegar lá em número suficiente para barrá-las e permitir que tudo fique "do jeito que o diabo gosta".
As congregações encontraram um amplificador do seu poder: as telecomunicações. Mas é importante frisar que não é apenas as igrejas que usam as telecomunicações para manipular os telespectadores. A diferença está nos recursos nas quais as emissoras comuns são bem mais discretas e não usam a fé das pessoas como meio de atingir seus interesses. Se sem a ajuda em massa das tvs e rádios eles conseguem recrutar tanta gente, imagina com esse poder destrutivo, se mal usado, em mãos! Vamos torcer para que o país e os brasileiros não saiam perdendo no meio dessa briga. Quando será que vamos aprender a diferenciar opção religiosa particular dos interesses públicos? Espero que não esperemos muito para ver isso acontecer. Que mania de querer que todo mundo pense igual, faça igual, seja igual! Essa solidariedade mecânica Durkhieminiana ainda me mata..



Abaixo está a matéria publicada em Carta Capital. Exponho-na para que após a leitura você possa tirar suas próprias conclusões. Além de haver nela algumas informações não comentadas aqui.

http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=5250

4 comentários:

Vinicius Colares disse...

Como sempre posts extremamente relevantes, mas com esse aí, cuidado para não encontrar algum fanático, como aconteceu comigo neste post: http://doutorcaligari.blogspot.com/2009/10/sexo-bebidas-e-papas-parte-01.htmlrsrsrsrsr, não que eles ofereçam perigo a você (essas pessoas só oferecem risco aos de mente fraca, facilmente alienados), mas incomadam bastante, eu me diverti por um tempo rebatendo as opiniões distorcidas dos fundamentalistas, mas com um tempo eu cansei....kkkk

MILTOXI disse...

Oie... quero saber da historia sim...
So entrar no meu Blog, tem o link pro meu orkut e a gente troca o msn!

Qto ao post! As Igrejas cada vez mais presentes na midia... será pq??? hhehe

Lauuuu* disse...

aquela velha historia religiao e politica nao se discute, mas adorei o blog parabens !! bj

Anônimo disse...

Querida amiga avassaladora... infelizmente esse tipo de postura de igrejas das mais diversas correntes religiosas é historico... ou seja, nada mudou.
Só faltam as fogueiras.

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