Olá meus queridos leitores,
Faz um tempinho que eu não dou um descanso a vocês hein? Não publico uma besteirinha pra ajudá-los a não pensar em nossa crítica situação social, mas sinto-lhes informar que também não será hoje. No próximo, prometo.
Então, como vocês notaram esse post foi influenciado pelo último episódio( 25/06/2010) da série "Separação" que passa nas noites de sexta-feira na rede globo que coincidiu com a proximidade do dia internacional de combate contra as drogas, então vamos aproveitar para discutir. Eu não sei se os autores tiveram a intenção de tratar do problema do vício, e se quiseram tratá-lo da maneira que o tratou, mas, se não, foi uma feliz coincidência que eu não deixarei de compartilhar, juntamente com minhas impressões, com vocês. Farei um breve resumo do episódio para localizar a discussão para aqueles que deveriam está fazendo algo mais divertido do que assistir tv numa sexta a noite- que por sorte foi interessante :
a personagem de Debora Block, cansada da vida e do marido, resolve, por conselho de uma amiga, a diretora da escola em que trabalha, adquirir um vicio, que segundo a última é uma fonte de suportabilidade dos problemas. Ela então resolve beber pinga como meio de suportar as chatices e desilusões da vida. E a história toma um rumo cômico depois disso, típica da série, na qual as personagens se vêem nas situações mais loucas possiveis. Mas a parte que nos interessa é a que o vício é tratado, intencionalmente ou não, como anestésico social, como meio de fuga dos problemas e decepções. A personagem, inicialmente sem vícios, procura como meio de solução o consumo de alcool (no caso, pinga).
Agora, trazendo a discussão para uma esfera mais ampla, vamos tratar de maneira genérica do assunto acionado pelo episódio da série.
a personagem de Debora Block, cansada da vida e do marido, resolve, por conselho de uma amiga, a diretora da escola em que trabalha, adquirir um vicio, que segundo a última é uma fonte de suportabilidade dos problemas. Ela então resolve beber pinga como meio de suportar as chatices e desilusões da vida. E a história toma um rumo cômico depois disso, típica da série, na qual as personagens se vêem nas situações mais loucas possiveis. Mas a parte que nos interessa é a que o vício é tratado, intencionalmente ou não, como anestésico social, como meio de fuga dos problemas e decepções. A personagem, inicialmente sem vícios, procura como meio de solução o consumo de alcool (no caso, pinga).
Agora, trazendo a discussão para uma esfera mais ampla, vamos tratar de maneira genérica do assunto acionado pelo episódio da série.
O questionamento que envolve esse post é:
O que leva uma pessoa a buscar o mundo das drogas e a permanecer nele?
Leiam-se aqui drogas licitas e ilicitas - apesar desta distinção, quem costuma ler esse blog deve concordar comigo, ser meramente de cunho econômico.
O que leva uma pessoa a buscar o mundo das drogas e a permanecer nele?
Leiam-se aqui drogas licitas e ilicitas - apesar desta distinção, quem costuma ler esse blog deve concordar comigo, ser meramente de cunho econômico.
Como pode ser notada na síntese, o motivo da busca por esse caminho, protagonizado e representado pela personagem, reflete os motivos catalisadores e provocadores da decisão de se omitir da realidade através das drogas: exemplificadamente, problemas familiares, de relacionamentos, financeiros, de inserção social, de frustrações de sonhos, de reconhecimento, etc.
Quantas vezes você já não deve ter escutado histórias de pessoas que bebem pra esquecer traições, términos; adolescentes que se drogam pra esquecer problemas com os pais, etc.? Provavelmente muitas. E quantas vezes você já não escutou o discurso de pessoas que se drogam pra curtir uma festa e evitar inibições , e que fazem uso da droga apenas em situações específicas? Talvez tanto quanto, ou até mais, do que os primeiros casos, creio eu. Então, já que percebemos que as drogas agem como meio de escape, como parte de necessidades- e expressão da fragilidade- no corpo social o motivo de permanecer nela me parece bastante óbvio ( essa questão também responde a pergunta por que algumas pessoas são mais suscetíveis a viciar do que outras) : a manutenção do problema.
Quando o motivo não cessa, se continua a precisar desse "anestésico social", até chegar ao ponto de você não conseguir mais se imaginar sem a ajuda disso. O que uma pessoa, dependente de certa medicação anti-depressiva, por exemplo, lhe diria se você a indicasse uma mudança nas suas relações sociais -atividade ao ar livre, um novo curso, p.e.- em substituição ao seu remédio? Certamente ela lhe diria que não poderia sequer imaginar a ideia de viver sem eles não é mesmo? E é possível que sozinha ela fracassasse mesmo, a superação solitária , é de fato, muito dificil. Então, o mesmo se aplica a alguém alcoolatra, viciada em academia, em tranquilizantes ou em crack, p. e. Isso sem citar os suicidas- ou alguém acha que pessoas felizes e satisfeita com a sua vida resolve findá-la? - O que quero dizer é que sem resolver o problema que o aflige, não há como recuperar sua vivência socialmente sadia.
Aqueles que não viciam facilmente são exatamente aquelas pessoas que não dependem apenas das drogas- visão generica não esqueçam - para satisfazer seus prazeres ou que não precisam delas para se relacionar melhor, ou pra ter maior desempenho em qualquer coisa p. e.. Ou seja, o que se precisa tratar são os problemas das pessoas, o que as levou até lá, e não as drogas em si. Deve ser um trabalho individualizado, pois são motivos desencadeadores diferentes, e não essa simplificação dos sujeitos. O que eles precisam é de incentivo e razões para viver, de soluções para alcançarem a realização e não de ficarem falando o tempo inteiro da sua vida de viciado. O que deveria ser discutido era o motivo que os levou até lá, para que eles tenham a consciência das razões e das suas fraquezas que proporcionaram essa busca pela sua evasão do mundo para que assim possam entender e mudar as coisas.
Por trás de um problema de vicio, normalmente está um problema pessoal e esse é que deve ser atingido e solucionado. Eu não estou dizendo que pessoas viciadas em qualquer coisa não precisam de tratamento, mas que a maneira que oficialmente executam está equivocada. Mais um problema que entra para o rol de paliativas e insuficientes. A razão para não trata-lo de modo correto daria um outro post, mas como posts longos causam calafrios e são repulsivos na comunidade blogueira eu encerro por aqui.
Quantas vezes você já não deve ter escutado histórias de pessoas que bebem pra esquecer traições, términos; adolescentes que se drogam pra esquecer problemas com os pais, etc.? Provavelmente muitas. E quantas vezes você já não escutou o discurso de pessoas que se drogam pra curtir uma festa e evitar inibições , e que fazem uso da droga apenas em situações específicas? Talvez tanto quanto, ou até mais, do que os primeiros casos, creio eu. Então, já que percebemos que as drogas agem como meio de escape, como parte de necessidades- e expressão da fragilidade- no corpo social o motivo de permanecer nela me parece bastante óbvio ( essa questão também responde a pergunta por que algumas pessoas são mais suscetíveis a viciar do que outras) : a manutenção do problema.
Quando o motivo não cessa, se continua a precisar desse "anestésico social", até chegar ao ponto de você não conseguir mais se imaginar sem a ajuda disso. O que uma pessoa, dependente de certa medicação anti-depressiva, por exemplo, lhe diria se você a indicasse uma mudança nas suas relações sociais -atividade ao ar livre, um novo curso, p.e.- em substituição ao seu remédio? Certamente ela lhe diria que não poderia sequer imaginar a ideia de viver sem eles não é mesmo? E é possível que sozinha ela fracassasse mesmo, a superação solitária , é de fato, muito dificil. Então, o mesmo se aplica a alguém alcoolatra, viciada em academia, em tranquilizantes ou em crack, p. e. Isso sem citar os suicidas- ou alguém acha que pessoas felizes e satisfeita com a sua vida resolve findá-la? - O que quero dizer é que sem resolver o problema que o aflige, não há como recuperar sua vivência socialmente sadia.
Aqueles que não viciam facilmente são exatamente aquelas pessoas que não dependem apenas das drogas- visão generica não esqueçam - para satisfazer seus prazeres ou que não precisam delas para se relacionar melhor, ou pra ter maior desempenho em qualquer coisa p. e.. Ou seja, o que se precisa tratar são os problemas das pessoas, o que as levou até lá, e não as drogas em si. Deve ser um trabalho individualizado, pois são motivos desencadeadores diferentes, e não essa simplificação dos sujeitos. O que eles precisam é de incentivo e razões para viver, de soluções para alcançarem a realização e não de ficarem falando o tempo inteiro da sua vida de viciado. O que deveria ser discutido era o motivo que os levou até lá, para que eles tenham a consciência das razões e das suas fraquezas que proporcionaram essa busca pela sua evasão do mundo para que assim possam entender e mudar as coisas.
Por trás de um problema de vicio, normalmente está um problema pessoal e esse é que deve ser atingido e solucionado. Eu não estou dizendo que pessoas viciadas em qualquer coisa não precisam de tratamento, mas que a maneira que oficialmente executam está equivocada. Mais um problema que entra para o rol de paliativas e insuficientes. A razão para não trata-lo de modo correto daria um outro post, mas como posts longos causam calafrios e são repulsivos na comunidade blogueira eu encerro por aqui.
Como vocês podem ver, não se deve subestimar as coisas aparentes inofensivas. Um episódio de uma série que deveria ser unicamente entreterimento cômico se mostrou uma excelente chance de discutir problemas sociais.
Pronto falei, agora é a sua vez.
;)