Por que eu amei o filme Malévola

"Vem cá"... Tem coisa pior do que você está a beira da loucura, confusa como cego em tiroteio, e não ter ninguém pra te ouvir e te dar algum conselho? Pensando bem, eu acho que sim.. Você tentar racionalizar tudo, prever tudo, querer tudo. Auto avaliar-se não é tarefa fácil. Parece que quanto mais você tenta entender , mais questões aparecem, com elas mais dúvidas e cada vez menos esclarecimentos. Ficar confusa em relação à sua vida é um momento filosófico ( na maneira de se pensar o pensamento sem métodos) Abre espaço para um auto-conhecimento ( ou pelo menos a sua introdução) por que o que eu estou descobrindo não é apenas o pensar na minha vida e de como e por que me comporto de tal maneira que se assemelha a "filosofia", a parte de parecer nunca encontrar soluções satisfatórias também! Geralmente essa minha "parada filosófica" é nos dias de TP(D)M. Aí alguns vão dizer: " Credo, só podia". Mas não é bem assim. Talvez a sensibilidade que floresce principalmente nesses períodos favoreça uma percepção melhor do andamento das coisas.. Amor é uma coisa sempre complicada de lidar. Principalmente por esse teor platônico que se tem de que encontraremos alguém perfeito, a "tampa da panela", a " alma gêmea" ou o " outro lado da laranja". Será que realmente ele(a) existe?! Até que ponto as virtudes alheias nos servem de maneira a nos completar? Por que em muitos casos as pessoas simplesmente procuram defeitos para justificarem a não complementação de si no outro. Por que isso acontece? O que será que realmente queremos e como sabemos que um dia a encontraremos? Será que quando isso acontecer seremos felizes? Ou perceberemos que o que achávamos que fosse nos trazer a felicidade apenas nos trouxe problemas e sofrimentos?! Como saber o que nos faz felizes se não experimentarmos as coisas? Mas em contraponto, O que fazer quando depois das experiências notarmos que a nossa felicidade se foi em experiências passadas e não há mas como resgatá-la?! O medo de rupturas e mudanças, creio eu, está neste ponto: Se deixarmos ela passar por acreditar que ela ainda está por vir?! Aí entra um caso complicado. Não buscar crendo que encontrou a "felicidade"ou buscar colocando em risco abandoná-la quando der as costas para supostamente encontrá-la? Como a gente pode medir a felicidade? Como saber que este é bom o suficiente se você não conhecer a " concorrência"? Será que buscamos o impossível? Será que estamos indo de encontro a ilusão de que todos serão sempre felizes? Quando encontrarmos a felicidade iremos reconhecê-la? Como está preparado para não a deixar escapar? Esse texto está mais parecendo um quiz sobre relacionamentos ... Perguntas, perguntas, perguntas! Mas eu andei pensando sobre o que nos faz bem. Supondo que gostemos de alguém, como saber o quanto estamos dispostos a morrer um pouquinho em prol do outro. Será que um dia estaremos satisfeitos com as relações onde se é esquecido uma parte de você em favor do relacionamento? Espera, um relacionamento que te trará a verdadeira felicidade precisa que você amordaçasse,esconda, omita, ou encarcere uma parte de você? Para falar a verdade, nos meus sonhos, planos e pensamentos, mesmo com alguém, eu não consigo visualizar no meu futuro eu com aquela pessoa ou qualquer outra! Eu sempre estou com cachorro, filhos, mas nunca com marido, namorado ou similar! Eu acho que é influência de um texto que eu traduzi no 1º ano do ensino médio. Era sobre quiromancia ( a arte de ler as linhas das mãos), eu nunca fui completamente crente, nem ignorei absolutamente essas questões. Para ser sincera eu, quando criança e adolescente, era muito mística, hoje mas não. O conteúdo do texto ensinava como interpretá-las. Eu que sempre fui curiosa fui tentar "ler" as minhas linhas da mão. E a minha "linha do amor" era ( por que eu nem me lembro mais qual seria ela) era super recortada e segundo a interpretação eu teria muitos amigos, muitos amores, mas seria uma pessoa sozinha. Eu acredito que essa informação tenha ficado no meu subconsciente e influencie na minha projeção de futuro sem que eu me dê conta disso.
Também pode ser por outros motivos... Não sei. Mas eu já encontrei pessoas com as quais eu quis ter um futuro juntos, mas nada muito concreto, forte e verdadeiramente sentido. É como se eu achasse que deveria fazer esse tipo de planos e ter esses tipos de pensamento, mas nada do fundo do coração. Por que quando eu me pego pensando sozinha, sem interferências ou situações que não precise demonstrar para ninguém, eu me vejo assim com minha vida sem necessariamente um homem. Geralmente eu estou feliz. Essa semana mesmo, como sonhando acordada, do nada( tipo algo que tenha propulsado a linha de pensamento, que na verdade nem foi linha de pensamento , por que de fato parecia que eu estava assistindo um filme da minha vida) eu comecei a me ver num sofá branco, deitada, numa casa muito confortável e bonita. Na sala, tinha uma grande parede de vidro que permitia a visão da imensa área verde que dispunha. Aí chegou meu cachorro ( um shau-Shaw) correndo e pulou em cima de mim, e logo depois uma menina muito linda e doce correndo atrás dele que também se jogou em cima de mim e então começamos a rolar pelo chão, rindo... Até que então eu acordei do meu devaneio. Nenhum marido. Tinha um shau-Shaw mas não tinha um marido! Estranho não?! Foi incrível. Eu nunca tinha sonhado acordada assim.
Mas por outro lado, eu posso isentar o texto de quiromancia da culpa e colocá-la nos exemplos de homens que eu conheço. Não são muito bons como se pode livremente deduzir. Talvez eu tenha projetado a imagem que homem nenhum presta e assim, visualizo meu futuro sem esse "problema". Nada pré-pensado. Isso é uma análise posterior ao pensamento. Mas eu também já conheci uma pessoa que em nada se parece com esses " exemplos". Fiel, carinhoso, amoroso, atencioso e eu realmente creio nisso. Ele só é possessivo e ciumento. Além de ter uma visão da vida completamente diferente da minha. Isso equilibrava. Mas mesmo assim me incomodava. Era como se somente eu estivesse fazendo algo de concreto para ter uma vida confortável. Ele simples, eu exigente. Não sei se gosto de pessoas que deixam a "vida levar". Que não lutam, não batalham, não corre atrás por acreditar que as coisas se resolvem sozinhas. Muitas vezes nos meus relacionamentos eu ajo assim. tenho medo de minhas emoções serem momentâneas e agir precocemente. Assim de alguma maneira eu vou empurrando com a barriga esperando que Deus ( o próprio) me diga o que fazer. Eu quero o mundo, ele quer que eu dê o mundo a ele. É difícil para mim aceitar alguém assim. E mesmo com todas as qualidades eu não consigo ocultar, esquecer, ou aceitar de verdade o que me incomoda. Não consigo apagar as coisas incomodantes ( que periodicamente ressurgem) com a borracha das qualidades. Eu não consigo contrabalançar e notar o que pesa mais. Eu, às vezes, me pergunto se o medo de ruptura, para muitas pessoas, pode ser de ter alguém que quase não lhes dê motivos para um possível término e mesmo assim você termine e depois você não encontre " alguém tão bom quanto ele". Eu que sempre reneguei essa ideia, hoje a coloco em xeque. Nunca acreditei que as pessoas não encontra outras boas pessoas. Mas os fatos atuais estão me fazendo repensar a esse respeito. O que para falar a verdade não me deixa nada contente. Como que eu estivesse insatisfeita com a resposta racional que encontrei. Como se o certo a se fazer não fosse o que eu queria que fosse. Na verdade será razoalvemente bom ter uma bola de cristal. Mas será que teria graça? As respostas como dito anteriormente, ainda não fazem parte de mim, também não sei se farão um dia. Mas eu não posso viver nessa incerteza que irá me massacrar se fizer( pelo receio de está fazendo a coisa errada), ou pelo sentimento de de covardia ou da sensação do "e se.." se não o fizer. A pergunta que eu acredito que concluiria bem esse texto seria: arriscar ou não arriscar?

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